Postado em 22 de Novembro de 2018 às 16h05

Mês voltado à saúde do homem

Vida Saudável (34)

Novembro Azul atenta para a prevenção ao câncer de próstata.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer – INCA, o câncer de próstata é a segunda maior causa de morte pela doença em homens no Brasil (ficando atrás apenas do câncer de pulmão). Estima-se que mais de 68 mil novos casos serão diagnosticados em 2018. Para alertar para a prevenção, a campanha Novembro Azul – inspirada no movimento internacional Movember – vem promover um mês inteiro de mobilizações focadas na saúde do homem.

“O objetivo principal deste movimento é fazer com que o homem pare de morrer precocemente. Os homens não costumam ter consultas de rotinas, como as mulheres, e se cuidam menos. O câncer é hoje uma das principais causas de óbito evitáveis abaixo dos 70 anos e estatísticas nos mostram que ele será a principal barreira do século 21 para o aumento da expectativa de vida”, explica a cirurgião oncologista Cristiano Vendrame.

O câncer de próstata é, mais do que qualquer outro tipo, considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas, por isso, ao atingir a idade de risco, recomenda-se realizar exames de rotina que podem ajudar a identificar o câncer de próstata logo no inicio da doença, aumentando assim a chance de sucesso no tratamento. “É preciso quebrar algumas barreiras e tabus quanto ao exame da próstata e conscientizar os homens a procurar um urologista a partir dos 40 anos para fazer um acompanhamento”, salienta Dr. Vendrame.

Segundo o INCA, ter pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos pode aumentar o risco de se ter a doença de 3 a 10 vezes comparado à população em geral, podendo refletir tanto fatores genéticos (hereditários) quanto hábitos alimentares ou estilo de vida de risco de algumas famílias.

O Instituto estima, para o biênio 2018-2019, a ocorrência de 600 mil casos novos de câncer, para cada ano. Tirando o câncer de pele não melanoma (cerca de 170 mil casos novos), serão 420 mil casos novos de câncer, desses, os mais incidentes em homens serão próstata (31,7%), pulmão (8,7%), intestino (8,1%), estômago (6,3%) e cavidade oral (5,2%).

Conforme dados da Organização Mundial da Saúde – OMS, aproximadamente 30% das mortes provocadas pelo câncer poderiam ter sido evitadas, caso o paciente tivesse feito o diagnóstico prematuramente, ou com ações preventivas para garantir hábitos mais saudáveis.

Novembro Roxo - Mês também alerta para os cuidados com o câncer de pâncreas

Revista Servioeste Saúde e Meio Ambiente Novembro Roxo - Mês também alerta para os cuidados com o câncer de pâncreas O "November Purple" (Novembro Roxo) é um movimento mundial para a conscientização e alerta para o...

O "November Purple" (Novembro Roxo) é um movimento mundial para a conscientização e alerta para o câncer de pâncreas. A doença possui incidência igual tanto em homens quanto em mulheres e mais da metade dos casos são diagnosticados em atendimentos de urgência/emergência.

Mesmo com uma estimativa de que uma a cada 70 pessoas irá desenvolver câncer de pâncreas, menos de 3% da verba destinada à pesquisa do câncer é para este tipo. Cerca de 80% dos casos de câncer ocorrem na cabeça do pâncreas, 15% no corpo e 5% na cauda. Nos pacientes diagnosticados a tempo de serem submetidos a remoção cirúrgica a sobrevida em cinco anos aumenta em 30%.

“Esse é o câncer que tem a maior taxa de letalidade proporcional. Tem como fatores de risco o tabagismo, a obesidade, a hereditariedade, pancreatite crônica e a diabetes. Os sintomas são um tanto quanto vagos, por isso devemos prestar muito atenção aos sinais de fadiga e fraqueza crônicas, perda de peso inexplicável, olhos e pele amarelados e dor leve nas costas”, orienta o cirurgião oncologista.

O pancreas é um órgão que tem a função de secretar hormônios que regulam os níveis de açúcar no metabolismo e enzimas que auxiliam na digestão, ele fica próximo ao estômago e ao duodeno (primeira porção do intestino delgado).

No Brasil, o câncer de pâncreas é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer, e por 4% do total de mortes. É raro antes dos 30 anos, segundo a União Internacional Contra o Câncer (UICC), os casos da doença aumentam com o avanço da idade, mais comum a partir dos 60 anos.

O maior problema do câncer de pâncreas é que costuma dar sintomas tardiamente e, ao ser diagnosticado, não é infrequente a presença de metástases ou invasão de estruturas próximas, tornando-o irressecável. “A cirurgia é a principal forma de tratamento do câncer de pâncreas. E com o diagnóstico precoce, as taxas dos resultados de cura são melhores”, afirma Dr. Vendrame.

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