Postado em 05 de Junho de 2020 às 14h39

Descarte solidário

Destino correto aos resíduos eletrônicos

Há tempos a sociedade tem voltado os olhos para a necessidade de cuidar do meio ambiente e um dos desafios é reaproveitar aquilo que não tem mais serventia. Na última matéria em comemoração à semana do meio ambiente, você vai conhecer um projeto realizado no Rio de Janeiro que, além de evitar que toneladas de resíduos eletroeletrônicos prejudiquem o meio ambiente, tem ajudado financeiramente entidades do Estado.

A iniciativa é resultado da pesquisa de mestrado de Anderson Oliveira, colaborador do Grupo Servioeste. Anderson constatou que os eletroeletrônicos necessitam de uma condição específica para recolhimento, pois não pertencem à cadeia de reciclagem de itens como papel, plástico, vidro e metais.

“A pesquisa identificou, também, que ações desenvolvidas pelos próprios fabricantes não obtinham resultados expressivos e atingiam apenas uma pequena parcela da população. O projeto piloto aconteceu em Volta Redonda/RJ e em quase dois anos foi desenvolvido nos municípios de Barra Mansa, Resende, Rio Claro, Piraí, Vassouras, Pinheiral, Mendes, Engenheiro Paulo de Frontin, Miguel Pereira e Seropédica”, explica Anderson.

As ações consistem em um dia de mobilização para recolhimento de eletroeletrônicos nas comunidades. Para facilitar o descarte, também são espalhados eco pontos de coleta pela cidade um mês antes do dia “D”. O que era apenas um projeto de estudo, se transformou numa iniciativa viável de sustentabilidade que conta com o envolvimento de entidades, universidades, empresas e imprensa.

Desde que iniciou, o Projeto Descarte Solidário de Resíduos Eletroeletrônicos recolheu mais de 153 mil toneladas de resíduos, evitando o descarte de forma incorreta. “Este tipo de resíduo, quando colocado no meio ambiente, sem o devido tratamento, se torna nocivo. Por isso, os equipamentos são desmontados e as peças reaproveitadas. Nós temos uma parceira com uma empresa de Juiz de Fora/RJ que compra o material coletado e o recicla”, explica o idealizador.

O dinheiro da venda dos resíduos eletroeletrônicos é destinado à instituições das cidades onde o projeto é desenvolvido. A escolha é feita por uma comissão formada por apoiadores da iniciativa. O valor repassado às entidades já soma quase 30 mil reais.

“Não dá pra fechar os olhos para um problema que está ao nosso lado. Se envolvermos a sociedade fica mais fácil ajudarmos o meio ambiente”, aposta Anderson.

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que o mundo produzirá cerca de 120 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos até 2050. Todo ano, o Brasil gera cerca de 1,5 milhão de toneladas destes resíduos. Os dados são de relatório produzido pela Plataforma para Aceleração da Economia Circular (PACE) e da Coalizão das Nações Unidas sobre Lixo Eletrônico. “Além de impactos à saúde e poluição, gestão imprópria de lixo eletrônico está resultando em uma perda significativa de materiais brutos escassos e valiosos, como ouro, platina, cobalto e elementos terrestres raros”, ressalta a ONU.

Ações solidárias como as que apresentamos na semana do meio ambiente são viáveis e contribuem para a construção de um mundo melhor. Faça sua parte! 

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